Debruçada na janela da vida
Observo o mundo, desajeitada
Faço mera poesia, ventania
Em verso conto uma vida, vadia
Sou frágil criatura, apenas mulher
Sou a mais pura emoção, canção
Sou cinza do passado, recordação
Sou larva, borboleta em formação
Por vezes sou arco-íris, desbotado
Macerando um sonho dourado
Sou a profundeza do mar, medo
Apenas grão de areia, no mundo
Solta, livre e leve...
Misteriosa, incrédula, sonhadora
Do amor, sou mera portadora
Da vida, quero ser a pecadora
Santa, depravada, ou puritana
Sou menina-mulher de toda idade
Naturalmente, sem complexidade
Mantenedora de um amor sem possibilidade
Marillena S. Ribeiro
Videira/SC
Este texto encontra-se protegidos pela Lei Brasileira nº 9.610, de 1998, por leis e tratados internacionais.
Musica Maria Bethania: Pra Rua Me Levar.