Num belo dia, dois jovens encontram-se e olhares são trocados, algo diferente acontece, uma troca de energia os atrai, conversam e vêem que existem pontos em comum e aos poucos vão descobrindo que não conseguem viver um sem o outro. Descobrem enfim, que estão apaixonados. Casam-se, tudo é lindo, especial e resolvem ter filhos.
Aos poucos começam a sair do sonho e sentem que a
realidade é diferente. Surgem como sempre acontece na
vida os problemas, as contas, a rotina, começam a ver as
suas divergências e as brigas e discussões se sucedem.
De repente, você sente que algo mudou, foram eles que
mudaram ou a vida? Não existe mais aquela magia.
Porque? Os carinhos se transformaram em brigas,
brigam por tudo, parece mais uma disputa pelo poder.
O que falta? Diálogo e atenção. Uma relação só
sobrevive se as pessoas não deixarem as mágoas e os
problemas aumentarem e se houver interesses em
comum, se ambos estiverem dispostos a cederem alguns
pontos divergentes também. Tanto para um quanto para o
outro é importante saber que o outro se interessa pelo
que ele faz, a sua vida, as coisas que ele conta.
Todos gostam de atenção. As vezes, pequenos gestos, até
mesmo feito de surpresa, pesa muito numa relação. Um
gesto de escutar as coisas que o outro tem a dizer,
educar os filhos sempre juntos, enfim participarem e
dividirem tudo até os problemas, compartilhar as coisas
boas e ruins, inclusive as doenças físicas e morais que
surgirem, apoiar os projetos e construírem juntos uma
estória.
Uma relação constrói-se todos os dias, sendo feita de
pequenos detalhes e gestos. É saber transformar a rotina
numa festa e numa aventura. E principalmente, o lembrar-
se que “você se torna eternamente responsável por tudo
aquilo que cativa”. O amor é feito de riscos, coragem,
responsabilidades,
dar e receber.
Autora: Selma Di Julio
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